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sábado, 26 de novembro de 2011

Meu cú pra Você!


                                                                                                Letícia M. de Souza

O Encontro Regional Universitário da Diversidade Sexual, ERUDS sul realmente mexeu com o imaginário da comunidade acadêmica na UFPR setor litoral.

Com a leitura do texto inicial, que referia palavras “ofensivas” e “promiscuas”, saindo do padrão esperado em um encontro acadêmico, trouxe aos poucos, porem muito atentos participantes a incitação sobre o tema de dialogo entre diversos movimentos sociais.

O movimento LGBT, não pensa apenas no seu “umbigo”, consegue se colocar no lugar de diversos outros movimentos sociais, buscando a luta unida por seus direitos.

Durante os diálogos da mesa na abertura, percebi a palavra em outra concepção, não apenas como algo ofensivo, mas como algo que pode e traz prazer para alguém, ou como expressão para demostração de não se importar com o fato do preconceito disfarçado, porem descarado.

Quando falou-se no inicio da leitura de abertura: “ imagine a bicha sendo penetrada com prazer pelo CU”, confesso que eu, em minha realidade heterossexual, fiquei boquiaberta, realmente banalizo o uso dessa expressão, ficando apavorada com a leitura e utilização dessa palavra.

O interessante do encontro, foi a afirmação da mulher e do afrodescendente. Não utilizando no encontro as palavras no masculino, como o normal, politicamente correto. Trocando o claro por escuro, durante as expressões. Tendo uma leitura de texto diferente do que minha concepçao minimalista estava acostumada.

Ficando a partir desta linha, o texto “ERUDSMENTE” falando:

È escuro que existe uma simbologia para a palavra cú, e todas nós homens e mulheres, em nossa cultura cristã, não estamos acostumadas com a utilização em meios formais dessa palavra. A ERUDS sul trouxe a desmistificação dessa palavra, e de muitas outras por sinal.

Falar, boceta, cú, ejaculação, penetração com a naturalidade que se diz: “ hoje está sol”, realmente foi uma maneira confusa e inusitada de se começar um encontro que carrega com si tanto preconceito.

Nós como profissionais em construção, devemos compreender que escuramente não estamos acostumadas a vivenciar essa situação trazida pelas meninas do coletivo leque e ich Bicha. Mas é uma realidade que devemos defender.

Não precisa ser homossexual para defender o movimento LGBT. Não precisa ser negra pra defender movimentos raciais. Não precisa ser pobre para defender movimentos sociais. Não precisa ser acadêmica para perder o preconceito.

O entendimento dessa visão resumiria a intenção, que vai muito alem disso apenas, do ERUDS que confundiu e assustou a pequena plateia, porem com as oficinas compreendemos melhor a temática e luta de classes pela igualdade de direito.

Essa oportunidade escuramente evidenciada em cada momento de discussão, serve para preparo para a vida, pois todas, não importando o que fazem com seu cú, precisam compreender que a nossa cultura discrimina muitas situações e grupos. Mas a mudança começa em cada um. Sendo assim nós, participantes desse evento, faremos a diferença para um mundo melhor, minimizando o preconceito e aprendendo realmente a viver em sociedade.

Mostra de Projetos

                                                                                                    Letícia M.de Souza

Em um rompimentos dos paradigmas já impostos pela comunidade acadêmica, a V mostra de projetos se mostrou diferenciada e melhor organizada. Com perceptível participação e integração do público.

Pudemos vivenciar um momento de apresentação e discussão das temáticas de pesquisas em projetos, apresentados ou expostos em banners. O diferencial dessa amostra foram as oficinas ofertadas, que disponibilizaram ao docente apresentar um tema de seu interesse e propiciou ao discente um espaço de ampliação de conhecimento, mais uma vez de uma forma diferenciada e incomum em outras universidades.

Nosso modelo de aprendizado tem se destacado, afirmando a importância de uma profissional com olhar global da situação e preparo para compreender e interpretar o cotidiano, sabendo intervir para melhora.

Quanto ao projetos, percebi pouco preparo, apresentações confusas, professores questionando coisas que iam além do que foi apresentado confundindo o aluno. Observei pouca participação dos mediadores.

Já na apresentação de banners, a meu ver, o descaso foi total. Existia apenas um professor para avaliação, nenhum tipo de banca. Acredito que quanto essa dinâmica, deverá haver mais preparo para o próximo ano.

Mas em uma avaliação geral, acredito que essa amostra apresentou a evolução do GEPA quanto o desejo de afirmar a importância do projeto de aprendizagem na vida acadêmica, separando uma semana exclusiva para essa finalidade.

De modo geral, a avaliação fica positiva, apresentar projetos é sempre uma momento complocado, não querendo assustar nenhum calouro, mas nunca nos sentimos 100% preparados, logo os questionamentos de professores que mal conhecem a caminhada, acaba por "quebrar as pernas" do discente, mas vale a intenção. O contexto da idealização dessa amostra está funcionando para conhecermos os projetos alheios, podendo inclusive, procurar um que possa ajudar o nosso!

Agora, a preparação é para a VI amostra, vale a revisão dos pontos falhos e destaque dos pontos que foram apontados como bons. Mais participação para a proxima, é o que eu desejo!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A complexidade da saúde coletiva

                                                                                  Letícia Marcela de Souza.

Palavras chaves: Saúde Coletiva, História, complexidade, exercício crítico.

         A saúde coletiva se destaca como um campo interdisciplinar muito abrangente e cada vez mais complexo. Continua-se tentando compreender o real papel dessa graduação.
         Vários estudos em saúde, só vem a ampliar o papel do graduado em saúde coletiva, pois tudo o que está ligado à população em seu aspecto coletivo e individual, está diretamente ligado à saúde coletiva.
            Alan Dever destaca que a saúde depende de quatro fatores: biológico, ambiente, estilo de vida e o sistema de atenção à saúde (carvalho 1996 – apoud – nunes). Essa visão engloba o ser humano em sua totalidade, o que vem a ser o diferencial do bacharel em saúde coletiva, que tem a função de direcionar as políticas públicas para cada uma dessas áreas.
         Compreender que a falta de saneamento, alimentação, moradia, estudo, trabalho, lazer, entre outros fatores, geram o adoecimento da população afetando uma grande parcela dessa, que acaba influenciando no todo de uma sociedade, tornando cada vez mais extensa a pauta da saúde coletiva é de extrema valia para o embate político direcionado as questões de saúde, revisando o modelo sanitário brasileiro.
       Vimos com o portfólio que diversos temas, reportagens e pesquisas estão ligados a nosso campo de atuação, com sua base firmada no exercício crítico e político, no empoderamento da população, em um rompimento da concepção de saúde pública, acarretando uma modernização que começa das camadas inferiores, integrando o indivíduo aos processos coletivos. Mas como lidar com essa extensão de temas e complexidade do campo?
        A saúde coletiva surge para fazer essa ligação, pois traz a percepção histórica das condições que acarretaram os males da sociedade, não aceitamos que a saúde coletiva seja apenas interdisciplinar, temos por objetivo principal a saúde coletiva: criar estratégias concretas, otimização dos sistemas e serviços de saúde. O profissional de dedica a investigar e expor os resultados, é uma espécie de formação de recursos humanos para a saúde, de buscar pesquisas de interesse e necessidade percebidas e não apenas em cima de propostas do governo.
O conceito de saúde coletiva é uma dos mais complexos, pelas necessidades envolvidas, não aborda apenas o processo de cura do ser humano, e suas interações com o meio ambiente e não estuda apenas a distribuição das doenças e suas causas em populações humanas. Também faz uma “parceria” com as ciências sócias, pois abordamos desigualdades éticas e sociais.
       Hoje saúde coletiva se consolida como campo aberto à incorporação de propostas inovadoras, novamente reflito sobre a importância de dar atenção à complexidade do objeto: prevenção, promoção, saúde, enfermidade e cuidado. Sendo compreendida como forma holística e globalizante de saúde, partindo de um princípio interdisciplinar e do conhecimento ampliado em saúde.





Referencias:

Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 1991.
Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 2005.
Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 2006.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Distribuição de Medicamentos

       O auxilio ao receber a medicação gratuitamente, para doenças crônicas ou com desconto não deve ser observado como solução. Tanto nos programas Farmacia Popular quanto ao Saúde não tem preço, devemos entender que são apenas medidas paliativas.
       Todos devem cobrar uma real solução para os problemas quanto o acesso a medicação de qualidade. Segundo o art 199 da Constituição Federal, o governo nao pode destinar recursos públicos a assistência privada. Além de a distribuição em farmacias nao garantir uma melhor assistência farmacêutica, esses recursos deveriam ser investidos diretamente na rede do SUS de distribuição farmaca.
       Apenas deixamos nesse espaço uma lacuna aberta para discussões, opiniões quanto a maneira de ação escolhida pelo governo e futuras, se possiveis, soluções para essa questão!!!