Letícia Marcela de Souza.
Palavras chaves: Saúde Coletiva, História, complexidade, exercício crítico.
A saúde coletiva se destaca como um campo interdisciplinar muito abrangente e cada vez mais complexo. Continua-se tentando compreender o real papel dessa graduação.
Vários estudos em saúde, só vem a ampliar o papel do graduado em saúde coletiva, pois tudo o que está ligado à população em seu aspecto coletivo e individual, está diretamente ligado à saúde coletiva.
Alan Dever destaca que a saúde depende de quatro fatores: biológico, ambiente, estilo de vida e o sistema de atenção à saúde (carvalho 1996 – apoud – nunes). Essa visão engloba o ser humano em sua totalidade, o que vem a ser o diferencial do bacharel em saúde coletiva, que tem a função de direcionar as políticas públicas para cada uma dessas áreas.
Compreender que a falta de saneamento, alimentação, moradia, estudo, trabalho, lazer, entre outros fatores, geram o adoecimento da população afetando uma grande parcela dessa, que acaba influenciando no todo de uma sociedade, tornando cada vez mais extensa a pauta da saúde coletiva é de extrema valia para o embate político direcionado as questões de saúde, revisando o modelo sanitário brasileiro.
Vimos com o portfólio que diversos temas, reportagens e pesquisas estão ligados a nosso campo de atuação, com sua base firmada no exercício crítico e político, no empoderamento da população, em um rompimento da concepção de saúde pública, acarretando uma modernização que começa das camadas inferiores, integrando o indivíduo aos processos coletivos. Mas como lidar com essa extensão de temas e complexidade do campo?
A saúde coletiva surge para fazer essa ligação, pois traz a percepção histórica das condições que acarretaram os males da sociedade, não aceitamos que a saúde coletiva seja apenas interdisciplinar, temos por objetivo principal a saúde coletiva: criar estratégias concretas, otimização dos sistemas e serviços de saúde. O profissional de dedica a investigar e expor os resultados, é uma espécie de formação de recursos humanos para a saúde, de buscar pesquisas de interesse e necessidade percebidas e não apenas em cima de propostas do governo.
O conceito de saúde coletiva é uma dos mais complexos, pelas necessidades envolvidas, não aborda apenas o processo de cura do ser humano, e suas interações com o meio ambiente e não estuda apenas a distribuição das doenças e suas causas em populações humanas. Também faz uma “parceria” com as ciências sócias, pois abordamos desigualdades éticas e sociais.
Hoje saúde coletiva se consolida como campo aberto à incorporação de propostas inovadoras, novamente reflito sobre a importância de dar atenção à complexidade do objeto: prevenção, promoção, saúde, enfermidade e cuidado. Sendo compreendida como forma holística e globalizante de saúde, partindo de um princípio interdisciplinar e do conhecimento ampliado em saúde.
Referencias:
Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 1991.
Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 2005.
Camargo Junior. K. R – at all – PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. IMS e UERJ – Rio de Janeiro – CEPESC – 2006.
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